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Flexibilidade cognitiva e tecnologia: uma via de mão dupla
Minha querida amiga Denize Dutra em mais um artigo super interessante onde relata como a flexibilidade cognitiva pode aumentar a capacidade de aprendizado digital e potencializar hard e soft skills.
Em um contexto de aceleradas mudanças, a flexibilidade cognitiva tem sido cada vez mais valorizada como uma competência essencial para enfrentar os desafios do trabalho e da vida em geral. Não é por acaso que está no ranking das 10 mais importantes competências segundo o Fórum Econômico Mundial. Este tema também tem sido objeto de estudo em várias áreas do conhecimento humano, pois é transversal a outras competências, como a neurociência, a tecnologia, a psicologia e a gestão, já que o novo mundo do trabalho exige profissionais cada vez mais flexíveis e adaptativos para criar modelos de gestão e imprimir maior agilidade na tomada de decisão.
Apesar de algumas variações dependendo da literatura pesquisada, a flexibilidade cognitiva aqui será tratada como “uma função executiva crítica que pode ser amplamente definida como a capacidade de adaptar comportamentos em resposta a mudanças no ambiente.” Refere-se à capacidade de alternar entre pensar em dois conceitos diferentes ou pensar em vários conceitos simultaneamente, o que, em outras palavras, significa estimular pensamentos mais inclusivos, pensar mais no “E” e menos no “OU” (ou isto ou aquilo, exclui uma das possibilidades), condição fundamental para a inclusão da diversidade em todas as suas dimensões.
Já que um tema presente em todas as pautas estratégicas das organizações é o desafio de criar e consolidar uma cultura mais inclusiva, o que depende essencialmente de trabalhar a flexibilidade cognitiva para a percepção, aceitação e inclusão do diverso, pois nossos vieses inconscientes precisam ser trabalhados.
Com os avanços da tecnologia aplicada à área da saúde, hoje já é possível saber, por meio de ressonância magnética funcional, que regiões específicas do cérebro humano, incluindo os córtices pré-frontal, cingulado anterior e parietal posterior, e os gânglios da base, são ativadas quando uma pessoa se envolve em procedimentos de troca de tarefas que requerem flexibilidade cognitiva. Também já se identificou que a flexibilidade cognitiva diminui com aumento da idade e muitas vezes resulta na incapacidade de se adaptar a novas situações e ambientes, como nota-se em alguns quadros de doenças mentais degenerativas, como o Alzheimer.
Não há dúvidas da forte correlação entre flexibilidade cognitiva e inteligência, porque se a inteligência humana se refere à capacidade da pessoa processar informações, aprender, raciocinar, resolver problemas e adaptar-se a novas situações, logo, a flexibilidade é uma das habilidades cognitivas envolvidas na inteligência natural, já que a memória, o pensamento lógico e até as habilidades sociais contribuem para o desempenho da inteligência humana.
Para saber qual é a relação com a Inteligência Artificial, acesse: https://mittechreview.com.br/flexibilidade-cognitiva-e-tecnologia-uma-via-de-mao-dupla/
Fonte: MIT Technology Review
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